Glitter X Carnaval (e nosso teste de alternativas)

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Olá Povo,

Voltamos com o blog para discutir um assunto que gostamos muito por aqui: o carnaval! Quando pensamos em nos enfeitar para o carnaval, obrigatoriamente pensamos em purpurina/glitter, são os dias que temos para brilhar por aí. Sábado passado peguei o metrô e sentei propositalmente perto de um grupo barulhento de jovens fantasiados, reparei que TODAS as meninas tinham glitter no rosto, desde as mais básicas até as mais fantasiadas. Bem, todas não, uma não estava, e foi logo gritando: “Gente, alguém trouxe a purpurina?!”. Logo apareceu alguém de posse de um pequeno potinho brilhante para socorrê-la. Eu mesma usei socorro parecido esses dias ao chegar em um bloco (sim, do glitter normal de sempre).

O problema é que tem pipocado por aí a discussão do impacto ambiental causado pelos microplásticos (como nessa matéria aqui ou nessa), categoria em que o glitter está incluído. Assim como a discussão dos males do glitter, começaram a surgir – mais discretamente rs – opções de alternativas. Eu e Luana resolvemos testar produções caseiras alternativas, que não são exatamente glitter, mas prometem ajudar a brilhar. Junto a corantes alimentícios, testamos sal, açúcar e argila branca. Bora ver o que deu certo e o que não:

Todos os nossos testes estão resumidos aí, ó:

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Eu aprovei usar o pó comestível direto e as misturinhas com argila. O sal eu tenho medo de irritar e não briiiilha mesmo, apesar de se conseguir uns tons lindos. No vídeo cheguei a sugerir misturar o pó brilhante com o sal, mas depois reparei que ficam duas camadas meio separadas, não se misturam direito.

Claro que existem algumas marcas já investindo em glitter ecológico, como a Lush, mas ainda não é tão fácil de achar por aí.

Pessoalmente (e até profissionalmente), eu acho que discussão ambiental é sempre válida, nem que seja para trazer para o dia a dia o meio ambiente que tá por todos os lados e é um bocado ignorado. Os microplásticos são um problema ambiental sim, acumulam nos sedimentos marinhos, afetam diretamente alguns organismos e indiretamente mais um monte, chegando até a gente. Tem quem fale em exagero e até destaque as várias outras fontes de microplásticos como justificativa. Acho que mudar costume não é simples e repentino e que muitos burburinhos as vezes não tem fundamento ou são exagerados mesmo, então incentivo a pesquisar e que cada um tome suas próprias decisões, que podem ser implementadas agora ou aos poucos.

Os estudos são relativamente recentes e não dá para saber o quanto o glitter contribui exatamente para os microplásticos presentes nos oceanos, já que as fontes são diversas e englobam os microplásticos que nasceram microplásticos (<5mm) e os oriundos da degradação dos plásticos maiores. Nessa matéria aqui, um biólogo comenta especificamente sobre o glitter no carnaval (embora não tenha se baseado em um estudo específico). Eu acho que rola prevenir como conseguimos, como evitando o uso do glitter ou esfoliantes e pastas de dentes que contenham microplásticos.

Eu andei pesquisando e achei vários estudos sobre os impactos de microplásticos (a maioria em inglês e bem técnicos), quem tiver curiosidade, seguem alguns links:

Bom carnaval! Brilhe muito!

Beijos,

Liana

 

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